Por Asscom CDL Itajubá
A palavra adaptação nunca fez tanto sentido como agora. A pandemia acelerou a mudança na vida de todos e das empresas e em muitos aspectos, antecipou em cinco ou sete anos o futuro. Fato é: quem não entender as mudanças e inovar, ou mesmo reinventar seus negócios, não sobreviverá ao mundo pós-Covid-19.
Mas como recriar uma operação para estar adequado ao novo modelo?
Segundo o CEO do Grupo Viceri, holding de tecnologia da informação especializada em desenvolvimento de software customizado, consultoria e produtos digitais, Marcel Pratte, antes de falar sobre o "como", primeiro é necessário saber "o que" precisa ser revisto neste novo normal. Para isso, ele lista cinco passos que ajudarão as empresas neste ajuste inicial.
Primeiro passo: Velocidade
Para acompanhar o ritmo das mudanças do mercado e dos hábitos do consumidor. A tomada de decisão estratégica e a execução das ações não poderão mais ser morosas, a empresa ágil terá que sair do Powerpoint e virar ação.
Segundo passo: Formas de comercialização
Para dar vazão às oportunidades, as empresas precisarão garantir que as ofertas estejam adequadas com as novas demandas e sendo disponibilizadas nos canais digitais. Um ponto importante neste cenário é estar atento à produtividade de fazer mais com menos para adequar a receita.
Terceiro passo: Disponibilização de novos produtos aderentes ao consumidor digital
A velocidade do modelo de consumo mudou e vai se alterar mais rapidamente com a pandemia e, para isso, a tecnologia e os dados serão imprescindíveis para identificar o perfil do consumidor, seus hábitos, seus desejos.
Para Marcel, a integração de soluções, que será essencial para conectar aplicações prontas que trarão agilidade no processo é uma das premissas. Junto à infraestrutura de TI, terá o uso acelerado da Inteligência Artificial, por exemplo, que viverá um caminho sem volta, pois ela ajudará a conhecer mais sobre o consumidor, disponibilizar o melhor produto e ainda personalizar a oferta. Vejam a Amazon, que teve suas ações batendo recorde histórico nesta pandemia, passando a valer US$ 1,1 trilhão. Ela é rápida, traz o produto que você quer, entrega num prazo curto e ainda oferece a venda com um clique. Isso é mindset digital!
Quarto passo: Desburocratização
A estratégia definida, assim como a adaptação às mudanças necessárias nos negócios, deve ser implementada rapidamente sem barreiras, sem entraves e, um ponto importante, sem abandonar a governança. O barco deve conseguir mudar de rumo e todos devem estar remando na mesma direção.
Quinto passo: Comunicação
É fundamental e responsável por reagir e agir rapidamente no novo amanhã.
Marcel não considera arriscado dizer que é mudar ou morrer. “A reinvenção das empresas estará calcada não mais nos famosos quatro P´s do marketing - produto, preço, praça e promoção, mas em quatro D´s: digitalização da operação, democratização da oferta, desmonetização dos preços e desmaterialização do processo (ou produto). E sem a tecnologia não conseguiremos fazer nenhum desses movimentos”, aponta o CEO.
Para ele, o ‘digital’ é a ferramenta chave para a transformação, sob esse aspecto, a área de Tecnologia da Informação precisará se reinventar. Atualmente, essa área suporta com excelência a operação atual, mantendo o negócio rodando, porém está muito aquém da agilidade necessária para suportar os negócios na questão inovação. A parceria com empresas inovadoras, ágeis e confiáveis é a tendência do mercado.
O consumo se tornou digital, seja B2C ou B2B. A gama de usuários aumentou e vai ampliar ainda mais, o que prevê a condição de que não dá mais para fazer produtos que não estejam alinhados a esse novo consumidor.
Então, mãos à obra para colocar a Transformação Digital na prática, porque se por anos os CEO´s e o CIO´s não fizeram isso, a Covid-19 foi o decisor dessa nova orquestração tecnológica.
Fonte: Segs
Voltar |